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Publicidade ao estúdio de Jeremiah Gurney impressa em tecido. O brinde para retratos não tem a indicação do n.º de retratos, pois que o n.º 100 e 89 ou seja, 189 da Browdoay corresponde ao n.º da porta do estúdio de Gurney registado no Anuário de New York City entre 1843 e1853.
Publicidade ao estúdio de Jeremiah Gurney impressa em tecido. O brinde para retratos não tem a indicação do n.º de retratos, pois que o n.º 100 e 89 ou seja, 189 da Browdoay corresponde ao n.º da porta do estúdio de Gurney registado no Anuário de New York City entre 1843 e1853.
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O Insley de Cabeceiras de Basto
O Insley de Cabeceiras de Basto
De entre as serranias da Cabreira e do Marão até New York City
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..........Já escrevi no Grand Monde da Imagem e da Fotografia em Portugal sobre a história da fotografia do séc. XIX no Zanzibar e Tânganica actual Tanzânia, cujos fotógrafos oriundos de Goa, na então Índia Portuguesa, tiveram um papel predominante. Escrevi também sobre os Nunes Carvalho os daguerreotipistas, o Salomão e o seu pai David Nunes Carvalho, que na América do Norte foram pioneiros, primeiro em Baltimore e depois no Far West, o lendário Oeste Selvagem e mais tarde em Filadélfia.
Em falarei sobre Moçambique, sobre a África Oriental Portuguesa de Louis Hilly, de Thomas Lee e dos Lazarus, os irmãos de origem judia, que em 1899 se instalaram na rua Araújo (actual rua de Bagamoyo) em Lourenço Marques, hoje Maputo e tendo-se posteriormente transferido para o edifício da “Avenida Building”, depois de terem aberto casa na Beira e na República do Transval. Acabariam proprietários da Photographia Ingleza, a fazer retratos no n.º 59 da rua Ivens em Lisboa.
..........Escrevi, e vou continuar a escrever sobre os Cunha Moraes, os famosos, que depois da morte de Abílio da Cunha Moraes (1825-1871), desterrado em Luanda por falsificação de moeda, logo a viúva e de seguida os filhos lhe seguiram os passos nas artes do retrato. Acabariam em Crestuma – Vila Nova de Gaia, na fábrica de fiação A. C. C. Moraes, debruçada sobre o Douro nas franjas da Quinta da Estrela que lhes pertenceu até 1984. Republicanos e Maçónicos, políticos, filantrópicos e corajosos, veja-se o Ângelo Moraes, um dos filhos de Joaquim Júlio da Cunha Moraes, que fez figura na oposição à ditadura de Sidónio País na revolta de 12 de Outubro de 1918 acabando com os costados no Aljube. Entre os que me lêem, estou a pensar em alguns que sabem bem quanto é necessário em coragem e convicções para se lutar contra ditaduras, ou tão simplesmente pelas próprias ideias. Ainda está por escrever a história dos Cunha Moraes, com tudo o que ela tem de mistério, de empenhamento e sacrifício à maneira do norte, à maneira dos romances de Camilo, o da bengalada, o da “Bruxa de Monte Córdova” e “Noites de Lamego”. Este aparte justifica-se por mais adiante ir falar das terras dos Bástulas.
..........Nem de propósito, hoje vou falar sobre fotografia no Brasil, vou falar sobre o Pacheco, por agora, porque quero ainda escrever-vos outras histórias de fotografia e de fotógrafos luso-brasileiros. O fotógrafo Chrestiano Júnior, tão em voga nos dias de hoje. O industrial José Francisco Correia, Visconde de Sande e Conde de Agrolongo (1853-1929), o das vistas estereoscópicas com os respectivos aparelhos, brindes da Fábrica de Fumos Veado que lhe trouxe fortuna em Niterói, no Brasil. O fotógrafo Júlio Siza, de Belém do Pará, avô do arquitecto português e da Tereza Siza do CPF – Centro Português de Fotografia. Isto para vos dizer, que me tenho questionado se podemos falar de uma diáspora portuguesa da fotografia? Estou cada vez mais convencida que sim.
..........Mas hoje, como já disse, vou escrever sobre o Pacheco, o Insley, o próprio, esse mesmo! Joaquim José Pacheco nasceu em Cabeceiras de Basto no ano de 1830, entre as serranias da Cabreira e do Marão, nas margens do Tâmega. Pouco se sabe das suas origens, é possível que tenha sido mais um a engrossar o rol de emigrantes que procurou fortuna nas Américas, para fugir à fome, à miséria e à má sorte. A Enciclopédia Itaú Cultural diz-nos que Pacheco no fim da década de 1840, aprende a fazer daguerreótipos em Fortaleza, onde começa a trabalhar como retratista com o fotógrafo e pintor irlandês Frederick Walter, responsável pela introdução do invento de Daguerre no Ceará. A confirmar-se, seria muito jovem o português quando se iniciou nos ofícios da fotografia. Ainda segundo a mesma enciclopédia, Pacheco viaja para Nova Iorque, onde resta, provavelmente, entre 1849 e 1851, ou seja, entre os seus 19 a 21 anos. Aí foi aprendiz de Mathew B. Brady (1823-1896), o famoso fotógrafo americano que registou a guerra da secessão entre 1861 e 28 de Junho de 1865. O mesmo que reproduziu as cópias dos daguerreótipos da expedição Fremont e Salomão Nunes Carvalho ao Far West, expedição de que já vos falei aqui no Grand Monde. Em Nova Iorque Joaquim José Pacheco foi ainda assistente dos daguerreotipistas Jeremiah Gurney (1812-1886) e de Henry E. Insley (1811-1894), o que eventualmente, lhe teria sugestionado a utilização do nome por que viria a ser conhecido, o de Joaquim Insley Pacheco. E assim sendo, temos aqui alguns desacertos de datas pois que no Registo Daguerreian de Craig (Pesquisa sobre os fotógrafos americanos entre 1839-1860), John S. Craig actualização de 2003, ficamos a saber que Joaquim Pacheco trabalha esporadicamente para Jeremiah Gurney ainda no ano de 1853. O curioso é que também o daguerreotipista Salomão Nunes de Carvalho terá trabalhado para Gurney em 1853, o que só podia ter acontecido antes de 22 de Agosto de 1853 posto esta ser a data em que Salomão é convidado por Fremont para a expedição ao Far West. Seria muito interessante sabermos se os dois fotógrafos, Pacheco e Nunes Carvalho, se teriam conhecido. No mesmo registo de Craig, ficamos a saber que Joaquim Pacheco trabalhou também para Henry E. Insley. O fotógrafo americano, de quem Pacheco se apropriou do nome, é o primeiro registado na lista de daguerreotipistas em Nova Iorque, onde abre estúdio. Numa notícia aquando da sua morte, podemos ler que o fotógrafo em 1840 teve estúdio no cruzamento entre a Broadway e a Fulton Street numa sociedade com os irmãos Prosch.
Em falarei sobre Moçambique, sobre a África Oriental Portuguesa de Louis Hilly, de Thomas Lee e dos Lazarus, os irmãos de origem judia, que em 1899 se instalaram na rua Araújo (actual rua de Bagamoyo) em Lourenço Marques, hoje Maputo e tendo-se posteriormente transferido para o edifício da “Avenida Building”, depois de terem aberto casa na Beira e na República do Transval. Acabariam proprietários da Photographia Ingleza, a fazer retratos no n.º 59 da rua Ivens em Lisboa.
..........Escrevi, e vou continuar a escrever sobre os Cunha Moraes, os famosos, que depois da morte de Abílio da Cunha Moraes (1825-1871), desterrado em Luanda por falsificação de moeda, logo a viúva e de seguida os filhos lhe seguiram os passos nas artes do retrato. Acabariam em Crestuma – Vila Nova de Gaia, na fábrica de fiação A. C. C. Moraes, debruçada sobre o Douro nas franjas da Quinta da Estrela que lhes pertenceu até 1984. Republicanos e Maçónicos, políticos, filantrópicos e corajosos, veja-se o Ângelo Moraes, um dos filhos de Joaquim Júlio da Cunha Moraes, que fez figura na oposição à ditadura de Sidónio País na revolta de 12 de Outubro de 1918 acabando com os costados no Aljube. Entre os que me lêem, estou a pensar em alguns que sabem bem quanto é necessário em coragem e convicções para se lutar contra ditaduras, ou tão simplesmente pelas próprias ideias. Ainda está por escrever a história dos Cunha Moraes, com tudo o que ela tem de mistério, de empenhamento e sacrifício à maneira do norte, à maneira dos romances de Camilo, o da bengalada, o da “Bruxa de Monte Córdova” e “Noites de Lamego”. Este aparte justifica-se por mais adiante ir falar das terras dos Bástulas.
..........Nem de propósito, hoje vou falar sobre fotografia no Brasil, vou falar sobre o Pacheco, por agora, porque quero ainda escrever-vos outras histórias de fotografia e de fotógrafos luso-brasileiros. O fotógrafo Chrestiano Júnior, tão em voga nos dias de hoje. O industrial José Francisco Correia, Visconde de Sande e Conde de Agrolongo (1853-1929), o das vistas estereoscópicas com os respectivos aparelhos, brindes da Fábrica de Fumos Veado que lhe trouxe fortuna em Niterói, no Brasil. O fotógrafo Júlio Siza, de Belém do Pará, avô do arquitecto português e da Tereza Siza do CPF – Centro Português de Fotografia. Isto para vos dizer, que me tenho questionado se podemos falar de uma diáspora portuguesa da fotografia? Estou cada vez mais convencida que sim.
..........Mas hoje, como já disse, vou escrever sobre o Pacheco, o Insley, o próprio, esse mesmo! Joaquim José Pacheco nasceu em Cabeceiras de Basto no ano de 1830, entre as serranias da Cabreira e do Marão, nas margens do Tâmega. Pouco se sabe das suas origens, é possível que tenha sido mais um a engrossar o rol de emigrantes que procurou fortuna nas Américas, para fugir à fome, à miséria e à má sorte. A Enciclopédia Itaú Cultural diz-nos que Pacheco no fim da década de 1840, aprende a fazer daguerreótipos em Fortaleza, onde começa a trabalhar como retratista com o fotógrafo e pintor irlandês Frederick Walter, responsável pela introdução do invento de Daguerre no Ceará. A confirmar-se, seria muito jovem o português quando se iniciou nos ofícios da fotografia. Ainda segundo a mesma enciclopédia, Pacheco viaja para Nova Iorque, onde resta, provavelmente, entre 1849 e 1851, ou seja, entre os seus 19 a 21 anos. Aí foi aprendiz de Mathew B. Brady (1823-1896), o famoso fotógrafo americano que registou a guerra da secessão entre 1861 e 28 de Junho de 1865. O mesmo que reproduziu as cópias dos daguerreótipos da expedição Fremont e Salomão Nunes Carvalho ao Far West, expedição de que já vos falei aqui no Grand Monde. Em Nova Iorque Joaquim José Pacheco foi ainda assistente dos daguerreotipistas Jeremiah Gurney (1812-1886) e de Henry E. Insley (1811-1894), o que eventualmente, lhe teria sugestionado a utilização do nome por que viria a ser conhecido, o de Joaquim Insley Pacheco. E assim sendo, temos aqui alguns desacertos de datas pois que no Registo Daguerreian de Craig (Pesquisa sobre os fotógrafos americanos entre 1839-1860), John S. Craig actualização de 2003, ficamos a saber que Joaquim Pacheco trabalha esporadicamente para Jeremiah Gurney ainda no ano de 1853. O curioso é que também o daguerreotipista Salomão Nunes de Carvalho terá trabalhado para Gurney em 1853, o que só podia ter acontecido antes de 22 de Agosto de 1853 posto esta ser a data em que Salomão é convidado por Fremont para a expedição ao Far West. Seria muito interessante sabermos se os dois fotógrafos, Pacheco e Nunes Carvalho, se teriam conhecido. No mesmo registo de Craig, ficamos a saber que Joaquim Pacheco trabalhou também para Henry E. Insley. O fotógrafo americano, de quem Pacheco se apropriou do nome, é o primeiro registado na lista de daguerreotipistas em Nova Iorque, onde abre estúdio. Numa notícia aquando da sua morte, podemos ler que o fotógrafo em 1840 teve estúdio no cruzamento entre a Broadway e a Fulton Street numa sociedade com os irmãos Prosch.
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O estúdio de Mathew Brady em N. Y. ca. 1843 ................ Interior do estúdio de Gurney em N. Y. ca. 1843
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O estúdio de Mathew Brady em N. Y. ca. 1843 ................ Interior do estúdio de Gurney em N. Y. ca. 1843
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..........De regresso ao Brasil por volta de 1854, Joaquim Insley Pacheco monta estúdio no Rio de Janeiro no n.º 102 da rua Ouvidou. Começa a fazer ambrótipos, processo mais económico do que o daguerreótipo, tornando-se um retratista famoso e especializando-se no retrato pintado (foto-pintura). Entre os fotógrafos ao serviço da Família Imperial estavam os melhores nomes desta arte e ofício no Brasil: O francês Marc Ferrez (1843-1923), o alemão Revert Henrique Klumb (183?-1886) e o português Joaquim Insley Pacheco. Pacheco fez quase todos os processos fotográficos: daguerreotipia, ambrotipia, colódios húmidos, reproduções em papel salgado, platinotipias, albuminas. Foi exímio nos ambrotipos e no retrato-pintado. Podemos constatá-lo no retrato aqui reproduzido da princesa Leopoldina do Brasil por volta de 1864 ano do casamento com Augusto, príncipe de Saxe-Coburg-Gotha (1845-1907). São seus muitos retratos da Família Imperial do Brasil na Colecção do Imperador do Brasil D. Pedro II.
..........Aliás, não escrervi neste texto, que já vai longo, sobre os talentos de Insley Pacheco como pintor e aguarelista. Segundo Laudelino Freire "1816-1916 - Um Século de Pintura" e ainda o CD-Rom "500 Anos de Pintura Brasileira" José Joaquim Pacheco foi discípulo de François René Moreaux, Carlos Linde e Arsênio Cintra da Silva. Foi várias vezes premiado nas Exposição Gerais de Belas Artes. Após a República passou a expor no Salão Nacional de Belas-Artes. À pintura dedicou os últimos anos da sua vida.
..........O que mais me impressiona em Insley Pacheco é o arrojo do jovem oriundo de um meio rural e atrasado que parte para um mundo completamente desconhecido. Na América do Norte foi aprendiz e depois assistente de nomes maiores da fotografia americana com estúdio na Broadway em New York City. De regresso ao Rio de Janeiro torna-se fotógrafo da Família Imperial do Brasil a par de grandes nomes da fotografia brasileira.
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Princesa Dona Leopoldina , ca. 1864 fotopintura. Fotografia de Insley Pacheco
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano (São Paulo, SP)
Retrato de homem fardado, c. 1855 ambrotipia em caixa. Retrato das Princesas Dona Leopoldina e Dona Isabel, c.1855 ambrotipia, 11 x 8cm (imagem). Trabalhos de Joaquim Insley Pacheco
D. Pedro II Imperador do Brasil, Rio de Janeiro 1883. Platinotipia de Joaquim Insley Pacheco.
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6 comentários:
Parabéns.Tem aqui um belíssimo blogue,no qual associa a fotografias belíssimas, deliciosos bocados de História.
Um tio-bisavô meu, José Ribeiro Dantas Júnior, tirou uma foto com Insley Pacheco "Photographo da Casa Imperial e Cavaleiro de Christo", da qual possuo original. Interessei-me por aprender sobre o gajo na Internet e o seu sítio foi muito proveitoso, mostrando fotos da Família Imperial.
Carlos Alberto Dantas Moura
Eu emilto jose pacheco rocha bisneto de insley pacheco fico muito grato com o estudo desenvolvido por voces e pela enciclopedia itau.
tenho um quadro da ceia de cristo de joaquim pacheco para vender.se houver interessados deixo meu mail.
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