quarta-feira, junho 18, 2008





Edward Steichen no Ateneu Comercial do Porto


Estávamos em 1964, Edward Steichen (1879-1973) entrava-nos pela casa adentro com a exposição que comemorou em 1961 os seus 82 anos, 65 de actividade fotográfica, no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Três anos passados, no Ateneu Comercial do Porto, são expostas as mesmas 163 fotografias, escolhidas entre 30 mil negativos e cópias, que constituíram o certame do MOMA. (Esta exposição esteve também na Dinamarca, Noruega, Suécia e Inglaterra).
Steichen nasceu em 1879, no Luxemburgo, filho de camponeses que emigraram para os Estados Unidos da América em 1881. Entre 21 de Outubro e 19 de Novembro de 1899 expõe, pela primeira vez, as suas fotografias no Segundo Salão de Filadélfia. Foi um dos fundadores da “The Photo-Secession” e, os seus trabalhos começam a aparecer na conhecida revista trimestral “Camera Work”.
Mais tarde, em 1902, viria a tornar-se amigo de Alfred Stiegliz e com este abriu a Gallery 291, na 5. º Avenida, onde acabaria por expor pintura e fotografia. Em 1947 é nomeado director de Fotografia do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, onde em 1955 é responsável pela exposição “The Family of Man”, vista posteriormente em todo o território americano e por mais de 9 milhões de pessoas em diversos países em quase uma centena de exibições.
Steichen trabalhou para os serviços fotográficos do exército americano tanto na primeira grande guerra mundial, como mais tarde já com 60 anos na segunda grande guerra mundial, onde se alistou como voluntário.
Destacou-se nas diversas correntes da fotografia que se lhe atravessaram na caminhada da vida. Em 1923 chefiou como fotógrafo na Vanity Fair e Vogue. Retratou Greta Garbo, Charles Chaplin, Rodin, Hollande Day, e muitos outros. Emotivo, procurou conseguir um lugar para a fotografia na arte.
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Solidão F. Holland Day, 1901
O fotógrafo Fred Holland Day (1864-1933) fotografado por Edward Steichen

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Numa edição da Thames & Hudson “Edward Steichen Lives in Photography”, Todd Brandow & William A.Ewing, 2007, mostram-nos o que estará na exposição organizada pela Foundation for the Exhibition of Photography - FEP, Minneapolis, e o Musée de l’Elysée, Lausanne. Esta mostra já esteve no Jeu de Paume, Paris entre 9 de Outubro e 30 de Dezembro de 2007; Musée de l’Elysée, Lausane, entre 17 Janeiro e 23 de Março de 2008; Palazzo Magnani, Reggio Emília entre 12 de Abril e 8 de Junho de 2008 e finalmente, a última das 5 exibições vai estar no Museu Nacional Centro de Arte Moderna Reina Sofía em Madrid entre 24 de Junho e 22 de Setembro de 2008. Bem ao jeito de quem passar por Madrid “lugar” onde está a decorrer a Photoespaña 2008.
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Ângela Camila Castelo-Branco, APPh.
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Desdobrável da exposição no Ateneu Comercial do Porto, 1964
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domingo, junho 08, 2008

Gérard Castello-Lopes visto por António Barreto.

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Em 23 de Outubro de 1998 a revista Indy, suplemento do jornal Independente, publicava “Um olhar português”, um artigo de António Barreto sobre o fotógrafo Gérard Castello-Lopes. Assim escrevia o sociólogo / fotógrafo a propósito de “Lisbonne d’un Autre Temps” – (“Lisboa de Outras Eras”), uma exposição patrocinada pelo Instituto Camões de Paris em 1998.






“Um olhar Português”



Ao contrário de Fernando Pessoa, Gérard Castello-Lopes não tem heterónimos, tem vidas. Várias e sucessivas. Falo do fotógrafo, que é o que nos traz aqui, não do homem, cuja unidade parece maior e não cabe em meia dúzia de páginas. Para mal dos nossos pecados, e dos dele, espero, não nos deu tantos anos de fotografia quantos os que leva de vida adulta, como deveria ser. Começou a fotografar, em 1956, com mais de trinta anos, idade difícil para uma arte que exige candura na aprendizagem. Fotografou durante uma década, talvez menos. Depois, parou. Perdera a ousadia. Não se sentiu mais capaz de, afirmar, agredir as pessoas na rua, fotografar quem não o deseja. Tanto mais quanto considera que, naturalmente, ninguém quer ser fotografado. Em todo o caso, ninguém o quer ser de surpresa, por um estranho. Durante vinte anos, pôs de lado as Leicas. Percebe-se hoje, pelo que diz e como fotografa, que o sofrimento não o abandonou. Com, todavia, um lenitivo: estudou, pensou e amadureceu. Em meados dos anos oitenta, regressou. Para nosso bem. E dele, espero.
Os bons fotógrafos são quase todos tímidos. Conheço bastantes. Alguns são-no mesmo exageradamente. Julgo percebê-los. Fotografar substitui o acto de falar com os outros. Conhecê-los. Viver com eles. A fotografia, a imagem preservada, será o modo a que tímidos recorrem para manter uma qualquer relação com o real, congelado esteja este. Todavia, os tímidos não são grosseiros, bem pelo contrário. É, muitas vezes, a delicadeza que os fez assim. Os verdadeiros tímidos não têm medo, receiam magoar. O que quer dizer que se interessam: pelo mundo, eventualmente pelos outros. Creio que Gérard Castello-Lopes será um “grande tímido”, daqueles que esconde a insegurança na erudição e na ironia. Mas, estranhamente, fala mais do que fotografa. Escolhe as suas palavras, pesa as frases e selecciona citações. Com o mesmo cuidado com que deve separar as suas fotografias, elegendo as melhores, muito poucas, deixando sem vida a maior parte. O que há de singular, com Gérard, é que foi a timidez que o levou, não a fotografar, mas a deixar de praticar aquele que poderia ter sido o seu ofício. Esta será a primeira exposição daquele longo período de “pousio”, que aliás, preparou uma nova fertilidade. Mas há uma segunda explicação, que não sei se é dele, mas tenho por certa: o real limita a sua criação. Sempre foi. Este grande amador viu-se um dia preso pelo real, condicionado pela fotografia e fechado dentro das fronteiras do programa da “arte empenhada”. Sem necessidade de, da sua arte, fazer profissão, preferiu abandonar. Até que o mundo dos anos oitenta e uma sabedoria longamente decantada lhe fizeram ver que a criação não era pecado e que a fotografia, apesar do constrangimento essencial, permitia voar e autorizava que o espírito perdesse peso e amarras.






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Gérard, cultor de paradoxos, fotógrafo parcimonioso, falador impenitente, ajudou-me involuntariamente a consolidar uma opinião que escondi durante anos: uma imagem não vale mil palavras. Nunca gostei desta invenção de manipuladores de consciências, de publicitários e de provocadores de emoções fáceis. As imagens, e conheço algumas, podem estar na origem de choques emocionais, levar-nos às lágrimas, causar-nos nojo e estimular-nos na revolta. Mas não substituem a palavra. Enriquecem-na, provocam-na e complementam-na. Dispensá-la? Nem pensar. Hoje sabe-se que a imagem, com arrogantes pergaminhos de verdade, pode ser a maior mentira de que os homens são capazes. Com a imagem se faz, desfaz e refaz a história. Mesmo as fotografias realistas, testemunhos, verdadeiras na sua realidade, fortes na sua crueldade, podem esconder mundos e outras verdades. Ou antes, escondem mesmo. De todas as guerras, de todos os regimes políticos, de todos os amores sobram fotografias que não são tudo, nem toda a verdade, nem só verdade, por vezes nem sequer verdade.
As fotografias de Gérard pedem mil palavras. As dele, de preferência, a que, com volúpia, nunca se nega. Mas também as nossas. As de quem o vê ou ouve. As de quem observa as suas imagens. As dos outros artistas. E as dos poetas. Juntem-se estas fotografias lisboetas aos poemas, não de Fernando Pessoa, mas de Alexandre O’Neill, e veremos que é o casamento feliz. Não há fusão, igualdade ou sobreposição. Há sensibilidades próximas. E uma infinita e doce ironia de que só são capazes os que não se levam demasiado a sério. Apesar da diferença e do confronto. E do conflito.
A Lisboa de Gérard é quase a Lisboa de Pessoa. Física e cronologicamente. As ruas, o estendal, as crianças, os velhos e os burgueses podem ser os mesmos. Uma ou duas décadas separam ambas. Para o tempo, era pouco. Mas estética e humanamente, a Lisboa de Gérard não é a Lisboa de Pessoa. A cidade de Pessoa é triste, como ele próprio. Irreal como o poeta. “Sem corpo”, disse-me um dia Gérard. É uma cidade que Pessoa quereria “triste e alegre”, mas que é apenas a “cidade da minha infância pavorosamente perdida” (Álvaro de Campos). Lisboa para Pessoa é “o meu lar” (Bernardo Soares). Lisboa é uma aldeia com medo de parecer cidade. Lisboa é o amor da sua memória, a memória do nunca conheceu mas inventou. Lisboa é a aldeia e o espaço que nunca teve. Lisboa é geografia inventada para um espírito sem carne. Lisboa é um heterónimo.

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A Lisboa de O’Neill é uma cidade. Como a de Castello-Lopes. Matreira e empertigada, mas cidade. Ridícula e aperaltada, com vergonha de parecer aldeia, mas cidade. Decadente, mal arrumada e com roupa a secar ao sol, mas cidade. De calcário, estuque e azulejos. De casais a passear na Baixa. De chefes de repartições com fatos de três peças. De faias e malandros. Do cego sincero e do cego que vê com olho maroto. De miúdos a jogar à bola e de cavadores diante da Torre de Belém. É a cidade que olhamos, que ambos olharam com ternura e raiva. “Que fazemos, Lisboa, os dois, aqui, na terra onde nasceste e eu nasci?” Tenho a certeza de que Gérard Castello-Lopes, ao ler este verso de Alexandre O’Neill, pensa que é consigo.
A liberdade de Castello-Lopes foi também a sua prisão. Pelo menos viveu-a como tal. Nos anos cinquenta em Portugal não se podia ser inocente. Nem a liberdade interior, refugio de tantos criadores, era possível. Ainda por cima, para alguém que queria viver com a imagem. A liberdade, nas décadas do realismo e do empenhamento político ou moral, era inseparável da solidariedade. Para ambas, o outro e os outros estavam no centro do mundo. Mas, nem todos, aliás. Não era a condição do homem que estava no centro do mundo. Mas o homem e sua condição. Quer dizer, o oprimido, o pobre, o trabalhador e o resistente. A “família do Homeme” parecia, e talvez fosse em certa medida, uma armadilha ideológica dos poderosos.
Se havia artes, letras e formas de expressão para as quais o empenhamento e o real eram difíceis ou discutíveis (a musica, a dança...), para outras, eram imediatos e necessários. Para a fotografia, era a sua essência. Naqueles tempos, o mito do real dominava. Nem tempos de certezas. A principal era real. Este bastava para denunciar as injustiças.
Por imperativo moral, por espírito do tempo e talvez porque lhe faltasse o talento da pintura, Gérard Castello-Lopes fez o seu programa de empenhado e realista. Estudou Cartier-Bresson e Eugene Smith, fez deles os seus mestres. Compreende-se agora que a eles nunca se limitou e que há, na sua fotografia, uma tensão libertadora, uma pulsão para transgredir as normas e as regras. Foi a sua primeira vida. Desempenhou-se durante aqueles poucos anos, magistralmente. São desse tempo as fotografias reunidas neste conjunto inspirado por Lisboa.
São um formidável testemunho daqueles anos portugueses. Não são documentário, que Castello-Lopes não foi jornalista. Mas são exemplo e prova da experiência social de um artista. Estas fotografias mostram já que o seu autor não está totalmente à vontade dentro de fronteiras do realismo militante. O universal espreita em cada imagem de circunstância. Em todas elas, a criação parece empurrar a realidade. Fotografar o trabalhador, o pobre, o digno oprimido ou o vilão satisfeito pode ser o mesmo que agredir o ser humano. Mas programa empenhado exige a agressão, pois permite o testemunho. O fim, nobre, vale os meios, duvidosos. O Fotógrafo rendeu-se. Abandonou a sua arte. Viveu mais de vinte anos a lutar contra o seu excepcional talento. São décadas de silêncio fotográfico. Ou de cegueira auto-infligida. Desta sua segunda vida sofremos nós: fomos esbulhados de uma obra de criação de que nunca seremos compensados. E os portugueses bem precisavam dela. Com reduzidas tradições fotográficas, com poucos talentos, com décadas de arte e cultura dirigidas (pelo Estado sobretudo, mas pela oposição também, por vezes...) e com uma eficientíssima censura do espírito, Portugal ficou pobre neste que é o modo de expressão do século XX, a imagem.





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A terceira vida de Gérard começou nos anos oitenta. Amigos sabedores e de gosto fotográfico exigente foram acordar as “imagens latentes”. Ou jazentes, com mais propriedade. Voltaram a dar-lhe vida, isto é, mostraram-nas. Viu-as quem quis, percebeu-as quem pôde. Os mais livres apreciaram-nas como grande descoberta.
Curiosamente, o efeito não foi o de uma ressurreição mas o de um renascimento. A exposição do seu passado, permitiu-lhe romper com ele. Com uma nova linguagem e um novo programa. Deixou de agredir as pessoas. Já não sente necessidade de, pela imagem, testemunhar a condição humana. Retornou com mais liberdade, a pulsão criativa. A natureza, os objectos, a matéria, as formas e as sombras povoam as suas fotografias contemporâneas. Mas atenção: olhe-se atentamente para estas novas imagens. Os corpos ganham movimento. A luz e a sombra transformaram-se em objectos e sujeitos de desejo. A leveza e a agilidade surgem como qualidades dos pesos mais pesados e dos materiais mais inertes. Não conheço uma fotografia que não tenha um vestígio animado. Seja pela humanidade dos objectos, seja pela presença discreta, afastada, imperceptível, do indivíduo e da sua acção. Seja porque Gérard, à sua conta, decidiu animar e soprar-lhe vida. Foi possível corrigir-se, mas manteve-se sem emenda.


Gérard Castello-Lopes por António Barreto, in revista Indy de 23 de Outubro de 1998, Jornal Independente
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sábado, junho 07, 2008

Os Filhos de Lumière / O Sabor do Cinema

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Os Filhos de Lumière é o nome de uma associação cultural, vocacionada para a sensibilização ao cinema enquanto forma de expressão artística.
Formada no ano 2000 por um grupo de cineastas e amantes de cinema, a nossa associação concebe, organiza e orienta actividades que visam levar os grupos de crianças e adolescentes nelas envolvidos a apreciar, compreender e criticar as obras que resultam da prática da arte cinematográfica.
Sempre foi convicção daqueles que se uniram para fundar esta associação que a melhor maneira de adquirir os saberes que nos propúnhamos construir passava pela aquisição de um saber fazer, ou seja privilegiando uma abordagem prática, um conhecimento decorrente da experimentação.
O arranque da nossa actividade foi possível graças ao importante apoio financeiro que a 2001 Porto Capital Europeia da Cultura nos concedeu. Com o montante que então nos foi atribuído foi possível comprar um parque de equipamento mínimo que nos iria permitir realizar a primeira série de oficinas de formação em torno do olhar sobre e através do cinema, que foram desenvolvidas em conformidade com os já citados pressupostos de aprendizagem prática.
A prossecução do trabalho iniciado em 2001 foi, e tem vindo a sê-lo desde então, viabilizada pelos subsídios que o actual ICA (ex ICAM) nos outorgou, sendo que esses subsídios cobrem exclusivamente as remunerações dos formadores das várias áreas (realização, imagem, som, montagem, produção e pedagogia de e pelo cinema) que intervieram nas quase 100 acções de
formação, de variada natureza, que até agora organizámos e orientámos.
Para clarificar os fundamentos da nossa postura, não será inútil relembrar que defendemos a ideia de que o ensino artístico deve ser ministrado por artistas - sejam eles autores ou técnicos envolvidos no trabalho de criação de autores - porque se nos afigura bastante óbvio que só eles podem preencher o desígnio dos verdadeiros professores, a saber: transformar a transmissão do saber numa relação de troca, baseada na convicção, por parte do formador, de que o formando virá a alargar os horizontes da área do conhecimento onde ambos se movem. Isto, que era convicção arriscada do filósofo Sócrates, é hoje, ainda, a nossa.
Por outro lado, a nossa vontade de agir sobre o mundo advém do radical espanto perante algo que não parece incomodar muita gente: as lacunas graves, quando não absolutas, no domínio da aprendizagem do e pelo olhar.
Num mundo supostamente moldado (e este «moldado» daria pano para mangas) pelas imagens e pela comunicação audiovisual é, de facto, pasmoso que poucos se preocupem com o aprender a ver imagens (no sentido de imagens sonoras e de imagens tempo) quando, nesse mesmo contexto, já ninguém ousa duvidar da necessidade de aprender a ler e escrever.

Regina Guimarães /Teresa Garcia


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Nove jovens portugueses na Cinemateca Francesa



No dia 6 de Junho, nove jovens entre os 12 e os 17 anos (seis da Escola Secundária de Serpa e três da Escola Secundária Passos Manuel em Lisboa) irão apresentar na grande sala Henri Langlois da Cinemateca Francesa em Paris , os três filmes finais que resultaram do trabalho de iniciação ao cinema em que participaram ao longo do ano lectivo 2007/2008.
Em representação dos três grupos que participaram no programa pedagógico “Cinema cem anos de juventude” (num total de 54 alunos), estes jovens irão dar conta, perante centenas de participantes franceses e espanhóis, da sua experiência e de como foi o processo de trabalho na realização dos seus filmes e irão assistir à projecção e apresentação dos filmes de todos os outros participantes neste programa (de várias regiões de França e de Espanha)
A Cinemateca Francesa que conhecia o trabalho desenvolvido em Portugal desde 2001 pela associação Os Filhos de Lumière convidou-a a participar neste programa pedagógico a partir do ano lectivo 2006/2007 com uma escola portuguesa. Participaram assim nesse primeiro ano duas turmas da Escola Secundária de Serpa. A Cinemateca Portuguesa associou-se desde logo a esta iniciativa. Em 2007/2008, a Escola Secundária Passos Manuel vem se juntar ao programa e Os Filhos de Lumière contam associar uma nova escola no próximo ano lectivo.
O programa é orientado por cineastas em colaboração com professores das escolas numa reflexão conjunta sobre cinema. Alain Bergala lança no início do ano lectivo um tema e as pistas pedagógicas a desenvolver.
O tema deste ano foi: o ponto de vista no cinema. Os materiais pedagógicos entregues nesse primeiro encontro apoiam-se numa selecção de fragmentos de filmes de realizadores de diferentes épocas e estilos cujo visionamento e análise ajudam a perceber o cinema pelo lado da criação. Ao longo do ano, os jovens articulam a análise de filmes com a experimentação prática através de exercícios propostos pelos coordenadores a todos os participantes deste projecto, que culmina agora com os filmes finais.
Os cineastas que orientam este programa em Portugal e os professores que colaboram com eles ao longo do ano irão acompanhar os nove jovens e colaborar, com todos os outros participantes, no balanço anual deste programa pedagógico.
Este projecto, pioneiro em Portugal, tem o apoio financeiro do ICA-Programa VER, do Instituto Camões, da Câmara Municipal de Serpa, da Cinemateca Francesa, dos Ministérios da Cultura e da Educação de França e de diversas entidades locais em Serpa e em Lisboa.

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