quarta-feira, agosto 22, 2007


Foto retirada do Título de Nacionalidade Nº 15, em nome de José António Lívio Barros, passado em 16 de Fevereiro de 1916, com a validade de um ano. O mesmo documento é revalidado em 22 de Julho de 1919. Na altura o José António tinha 37 anos, o que nos diz que em 1904 tinha de idade 23 anos.



Não me interessa apenas a história da fotografia em Portugal e nas antigas colónias. Tenho, também, especial interesse pela diáspora dos portugueses no mundo e o seu contributo e envolvimento com a fotografia nos locais onde se encontravam uns temporariamente, outros fazendo já parte desses locais, parte dessas vivências. Nas américas: Brasil (O fotógrafo Siza e Henrique Nunes, em Belém do Pará - ambos familiares da nossa Teresa Siza) e Estados Unidos da América (O Insley de Cabeceiras de Basto. De entre as serranias da Cabreira e do Marão até New York City) ou (Os Nunes Carvalho daguerreotipistas sefarditas), Venezuela, Canadá etc. Nas áfricas: as antigas colónias portuguesas e as outras onde os portugueses também se posicionaram e não apenas comercialmente. De Madagáscar onde fomos os primeiros europeus a chegar; à Tanzânia, Zanzibar onde o primeiro branco a visitar a ilha foi o navegador Vasco da Gama (O “Sultanato” dos fotógrafos portugueses no Zanzibar); ao Congo onde sempre estivemos. A África de onde o coração dos portugueses nunca saiu. Estivemos na Oceânia, no exotismo místico de Timor visto pelos olhos e pelo sentir de Rui Cinatti e recordado no (Álbum Álvaro Fontoura) «Colónia Portuguesa de Timor» álbum da familia Fontoura, recuperado e editado em CD-ROM pela Fundação Mário Soares. A imensidão australiana para onde tantos portugueses foram mas, de fotógrafos portugueses nessas paragens nada sabemos! A nossa presença na Ásia: de Macau a Goa e ao resto da Índia portuguesa; de Nagasaki, Kobe, Yokoama, Hiogo, Osaka e Tokushima, o Japão de Wenceslau de Moraes até José António Lívio Barros, o fotógrafo português (ou de ascendência portuguesa), que privou com a monarquia no Reino do Sião.
Há dias, quando jantava com os meus irmãos, o Miguel chamou-me a atenção para o blogue “Aqui Tailândia” de José Gomes Martins onde este postava no dia 21 de Julho de 2007, “J. António: O fotógrafo português no Reino do Sião”. A sua descoberta, a sua suspeita da importância deste fotógrafo com estúdio em Banguecoque e que terá cedido fotografias suas a fotógrafos com a importância do checo Enrique Stanko Vráz, é ainda mais empolgante, quando sabemos o prestigio que Portugal tem na Tailândia, onde fomos os primeiros ocidentais a ter embaixada. Mas chega de conversa, vamos lá a saber quem é José António Lívio de Barros e até onde os portugueses levaram a fotografia...


"J. António: o fotógrafo português no Reino do Sião"


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1 comentário:

Anónimo disse...

O José António Lívio Barros não é Joaquim António, o fotógrafo macaense que foi para Bangkok em 1889. O José António Lívio Barros era industrial e não tinha máquina, nem estúdio nem sequer se interessava pela arte.
António Calçada (INIM)