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Daniel Blaufuks - SOB CÉUS ESTRANHOS
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Sob Céus Estranhos é uma meditação evocativa sobre a experiência dos refugiados DA Europa Central e sobre um sentimento de dispersão em trânsito na cidade de Lisboa e nos seus arredores. É uma descoberta comovente, positivamente modesta e humana do espaço, do tempo e do desenraizamento, transmitidos de geração em geração, dos avós que partiram da Alemanha para Portugal, para os pais, para o neto. Poucos refugiados permaneceram em Portugal depois de a guerra acabar, mas os avós de Blaufuks, ao contrário de tantos outros, decidiram não seguir viagem ou voltar para a Alemanha.
Tendo crescido em Lisboa, no quinto andar do mesmo prédio onde moravam os seus avós, Daniel Blaufuks viveu a infância imerso num universo de vestígios dessa experiência dos refugiados – um mundo de alusões, fotografias, alguns objectos, comidas, costumes e memórias que não eram as suas, mas que acabariam por o atrair e marcar de forma indelével.
Utilizando algumas dessas reminiscências, bem como filmes da época e de família, excertos de memórias e textos de refugiados, relatos de família e materiais de arquivos europeus e americanos, Blaufuks oferece-nos um vivido documento com uma bela imagem sobre um momento significativo da história do século XX.
O resultado – belo, delicado – é testemunho de uma importante, ainda que muitas vezes menosprezada, verdade. Apesar da natureza imperfeita, apesar da sua incapacidade para captar e comunicar a experiência através da memória, a transmissão entre gerações é envolta em valores e em lições que podem efectivamente passar de pessoa para pessoa, de geração para geração, através dos tempos.
Leo Spitzer, professor de História, Dartmouth College
Tendo crescido em Lisboa, no quinto andar do mesmo prédio onde moravam os seus avós, Daniel Blaufuks viveu a infância imerso num universo de vestígios dessa experiência dos refugiados – um mundo de alusões, fotografias, alguns objectos, comidas, costumes e memórias que não eram as suas, mas que acabariam por o atrair e marcar de forma indelével.
Utilizando algumas dessas reminiscências, bem como filmes da época e de família, excertos de memórias e textos de refugiados, relatos de família e materiais de arquivos europeus e americanos, Blaufuks oferece-nos um vivido documento com uma bela imagem sobre um momento significativo da história do século XX.
O resultado – belo, delicado – é testemunho de uma importante, ainda que muitas vezes menosprezada, verdade. Apesar da natureza imperfeita, apesar da sua incapacidade para captar e comunicar a experiência através da memória, a transmissão entre gerações é envolta em valores e em lições que podem efectivamente passar de pessoa para pessoa, de geração para geração, através dos tempos.
Leo Spitzer, professor de História, Dartmouth College
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