sexta-feira, janeiro 25, 2008



Paris en couleurs

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Dos irmãos Lumière a Martin Parr

Para comemorar o centenário da comercialização do autochrome, primeiro processo industrial de fotografia a cores inventado pelos irmãos Lumière, podemos ver até Março de 2008 no Hotel de Ville a exposição “Paris en couleur” 300 fotografias inéditas da capital francesa desde 1907 até hoje.
Estão nesta exposição cerca de sessenta negativos em placas de vidro autochrome de entre 1907 e 1930 dos Archives de la Planète. Em 1909 o banqueiro Albert Kahn (1860-1940), decidiu conceber o seu projecto para os Archives de la Planète, primeiro com imagens a preto e branco mas, a partir de 1912 e 1913 o operador Stéphane Paset vai realizar autochromes da República Popular da China. Entre 1909 e 1931, Albert Kahn financia reportagens fotográficas em mais de cinquenta países; 72 000 autochromes resultaram deste empreendimento, inventário fotográfico único e testemunho essencial dos primeiros anos do séc. XX.
A partir de 1913 são cerca de 6 mil placas de vidro que saem diariamente das fábricas Lumière. Em 1931 começam a vender-se os Filmcolor, material à base de celulóide. Dois anos depois substituído pelo Lumicolor, também em celulóide. O processo autochrome desaparece em 1956 cedendo à concorrência com processos de revelação cromogenea inversivel comercializados pela Kodak e pela Agfa desde 1935/36.

Numa segunda parte podemos ver fotografias de entre 1930 e 1960, o início dos filmes de fotografia a cores nos originais de Gisèle Freund, , fotógrafa alemã refugiada em França, foi uma das primeiras a especialisar-se nos retratos a cores. Fotografou artistas e escritores (Cocteau, Sartre, Youcenar, Beckett... ).
A 8 de Maio de 1939 a capa da revista americana Time mostra-nos um retrato em Kodachrome do escritor James Joyce na sua casa de Paris.
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Nos anos 20, Serge Prokoudine Gorsky, um dos pioneiros russos da fotografia a cores, fundador com os seus filhos Michel e Dimitri da sociedade Elka, torna-se conhecido quando desenvolve e melhora um processo de revelação a cores. São eles os responsáveis pelo Álbum Oficial da Exposição Internacional das Artes e Técnicas em Paris , 1937. As fotografias a cores no álbum oficial da Exposition Internationale des Arts et des Techniques” contrastam com o preto e branco de Guernica, o quadro de Picasso, que estava nesta mesma exposição internacional, denunciando o massacre com o mesmo nome, e o silêncio de uma Espanha ausente.
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Álbum oficial da “Exposition Internationale des Arts et des Techniques”, de 1937
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As imagens do quotidiano dos parisienses durante a ocupação e a libertação de Paris. “La pellicule en couleurs, quant à elle, est introuvable en France”. Setenta imagens inéditas de fotógrafos franceses e alemães, profissionais e amadores, podem ser vistas projectadas na exposição “Paris en Couleurs” As fotografias a cores de Paris durante a Segunda Guerra Mundial são muito raras. Quando da ocupação alemã um regulamento proibia a fotografia no exterior, salvo profissionais munidos de uma autorização especial com o acordo dos serviços de propaganda alemães.
Finalmente, dos finais dos anos sessenta até aos dias de hoje, nomes como Bruno Barbey ou Pierre et Gilles, Jean-Paul Goude, Sarah Moon, Martin Parr ou Philippe Ramette.
Uma parte da exposição é dedicada à moda e ao papel dos fotógrafos da Vogue como Henry Clarke, William Klein, Helmut Newton.







Exposição « Paris en couleurs » no Hôtel de Ville
Colocado por mairie de paris
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