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L'ancêtre du porte cartes mémoire. (Tony Cenicola/The New York Times)
L'ancêtre du porte cartes mémoire. (Tony Cenicola/The New York Times)
Robert Capa e "La valise mexicaine"
Desaparecida desde 1939, “la valise mexicaine” de Robert Capa que na verdade não é uma, mas três malas de negativos, acabam de ser devolvidas por um cineasta mexicano, Benjamin N. Traver. O fotógrafo tinha confiado estas três malas ao seu assistente Imre (Csiki) Weisz antes de fugir para os Estados Unidos da América. Agora que foram encontradas, elas trazem consigo algumas questões. Julgava-se que Weisz as tinha dado a um Cônsul mexicano em Marselha, antes de ter sido preso e de ter sido enviado para um campo na Argélia. Por isso, e se foi realmente assim, como se explica que depois da sua libertação, ele não tenha procurado os negativos (na altura nas mãos do General Aguilar Gonzalez que os tinha levado com ele para o México) ?
Imre Weisz entrevistado pelo biografo de Robert Capa, Richard Whelan, em 1985, nunca deu indícios que permitissem localizar os negativos...Ele hoje está morto, mas foi precisamente no México que acabou os seus dias (casou com a pintora surrealista Leonora Carrington).
Depois da reaparição surpresa dos negativos na Internacional Center of Photography (ICP) em Nova Iorque, “une onde de choc parcours la planète photographique”. A descoberta destes filmes, que pertenciam tanto a Capa como a Gerda Taro e David ‘Chim’ Seymour, reabrem a discussão. O original da célebre foto do soldado espanhol, atribuída a Capa e publicada a 23 de Setembro de 1936 na revista VU, estará ele no meio dos 3 500 negativos perdidos à 69 anos? Poderemos esclarecer, enfim, a autenticidade do “cliché”? Por exemplo, em Lés Photos Icons (Ed. Taschen, 2002) Hans-Michael Koetzle interroga-se: “Como é que um homem que está a descer uma ladeira e é alvejado, pode cair para trás?”
A fotografia será encenada? O homem terá sido realmente baleado? E depois falta confirmar de quem é na verdade a imagem. Brian Wallis, o chefe dos conservadores do ICP, já disse que a emblemática fotografia pode ser de Taro e não de Capa... Uma coisa é certa, os direitos sobre os clichés de Gerda Taro na posse do ICP, serão assegurados pela Magnum, assim como os negativos de Capa e de Chim que forem encontrados nas malas.
Imre Weisz entrevistado pelo biografo de Robert Capa, Richard Whelan, em 1985, nunca deu indícios que permitissem localizar os negativos...Ele hoje está morto, mas foi precisamente no México que acabou os seus dias (casou com a pintora surrealista Leonora Carrington).
Depois da reaparição surpresa dos negativos na Internacional Center of Photography (ICP) em Nova Iorque, “une onde de choc parcours la planète photographique”. A descoberta destes filmes, que pertenciam tanto a Capa como a Gerda Taro e David ‘Chim’ Seymour, reabrem a discussão. O original da célebre foto do soldado espanhol, atribuída a Capa e publicada a 23 de Setembro de 1936 na revista VU, estará ele no meio dos 3 500 negativos perdidos à 69 anos? Poderemos esclarecer, enfim, a autenticidade do “cliché”? Por exemplo, em Lés Photos Icons (Ed. Taschen, 2002) Hans-Michael Koetzle interroga-se: “Como é que um homem que está a descer uma ladeira e é alvejado, pode cair para trás?”
A fotografia será encenada? O homem terá sido realmente baleado? E depois falta confirmar de quem é na verdade a imagem. Brian Wallis, o chefe dos conservadores do ICP, já disse que a emblemática fotografia pode ser de Taro e não de Capa... Uma coisa é certa, os direitos sobre os clichés de Gerda Taro na posse do ICP, serão assegurados pela Magnum, assim como os negativos de Capa e de Chim que forem encontrados nas malas.
Morte de um miliciano, Robert Capa, (?) Cerro Muriano, 1936 (25,5 x 35cm)
Texto original no blogue Photographie.com
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