segunda-feira, abril 01, 2013

Homenagem a Vitor Wladimiro Ferreira, na Biblioteca Nacional de Portugal


Victor Wladimiro Ferreira
(1934 - 2012)


MOSTRA de 3 a 27 Abril, na Biblioteca Nacional de Portugal
Sala de Referência
Entrada livre


Nascido em Lourenço Marques, filho de naturais da colónia, radicou-se em Lisboa em 1974. A convite de António José Saraiva, ingressou no quadro docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou as cadeiras de História da Cultura Portuguesa Moderna e Contemporânea, sendo também docente nos centros de apoio universitário da FLL no Funchal, Beja e Castelo Branco (1979-1987) e membro do júri dos exames ad hoc de acesso ao ensino superior (1977-1989).

De Manuel Teixeira Gomes, trabalhando com Urbano Tavares Rodrigues e Helena Carvalhão Buescu, reeditou, anotou e prefaciou Agosto Azul (1986), Cartas sem Moral Nenhuma (1988), Sabina Freire (1987), Regressos (1991), Miscelânea (1991), Maria Adelaide (1992), publicando também uma Epistolografia de Manuel Teixeira Gomes para Afonso Lopes Vieira (1999). De Roque Gameiro, o Álbum de Costumes Portugueses (1987), de Alfredo Mesquita, Lisboa (1987), de Júlio César Machado, Aquele Tempo (1989), Contos ao Luar (1992), Júlio César Machado no Oeste (1996) e um Júlio César Machado, estórias e paparocas (2000). De Luís Augusto Palmeirim, a velha e então quase esquecida Galeria de Figuras Portuguesas (1989), de Bulhão Pato, Sob os Ciprestes (1986), Memórias (1986) e, de sua autoria, No Monte com Bulhão Pato (2000). De Tomás Ribeiro, o quase inacessível D. Jaime (1990) e de Fialho de Almeida, O Enterro de D. Luís (1998).

Em 1998, nos 50 anos do Centro Nacional de Cultura, coordenou Portugal nas Artes, nas Letras e nas Ideias 45-95, balanço de meio século de vida cultural portuguesa em que colaboraram, entre outros, Guilherme de Oliveira Martins, Rui Mário Gonçalves, António Laginha, Fernando Pinto do Amaral. Em 2006, saiu Sociedade Portuguesa de Autores: uma casa de memórias (2006), obra de grande fôlego que lhe exigiu anos de pesquisa.

Escreveu dezenas de prefácios, estudos introdutórios, notas e comentários espraiados por obras literárias, ensaios, estudos monográficos, álbuns de fotografia, obras historiográficas, Deixou, por terminar, a sua obra magna, uma história do teatro e dos teatros lisboetas de finais do século XIX.

Foi director editorial da Ediclube (1991-1995), onde tentou uma linha editorial de qualidade, publicando, entre outras o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, clássico de José Pedro Machado, de 13 volumes (1990), o Atlas do Mundo: cartografia antiga fundamental, dirigida por Luís de Albuquerque (1992) e a História de Portugal dirigida por João Medina (1993). Em finais de 1997, aceitou a co-direcção da revista literária Sol XXI (1998-2007).

Foi autor de programas sobre História e cultura no Canal 2 da RDP (anos 70 e 80), colaborador do JL (Jornal de Letras), da revista História (década de 1980), do Boletim da Casa de Camilo (anos 70), da revista Arquelogia e História, da Associação de Arqueólogos Portugueses (década de 80), da Revista da Faculdade de Letras (anos 70 e 80), Olisipo, boletim do Grupo de Amigos de Lisboa (década de 1990), colaborador da revista de cultura e pensamento Boca do Inferno (1997-2001) da Câmara Municipal de Cascais - onde publicou um “Bisturi de Bordalo ou de como o Poder se perdia pela graça…”, (1997), “Um peregrino no Mediterrâneo. Le séjour et les écrits de Manuel Teixeira Gomes à Bougie (1931-1941)”, 1999 e "Manuel Laranjeira em auto de fé" (Abril de 2001), da revista do Centro de Estudos Camilianos (década de 1990), da Tempo Livre do INATEL (década de 90), deixando também artigos na revista Metrópoles: revista da área metropolitana de Lisboa (2005-2006).

Membro do Centro Nacional de Cultura, ali promovendo e proferindo palestras, colóquios, seminários e visitas de estudo, foi membro da direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses, colaborador da Associação Helen Keller, colaborador das vereações da cultura das câmaras municipais do Bombarral e Sintra, membro do Conselho Consultivo da Fundação Marquês de Pombal e doador do Museu do Trajo. Proferiu centenas de palestras, aninou charlas, fez comunicações em congressos, preparou congressos, colaborou com bibliotecas, museus e casas-museu.

3 comentários:

Anónimo disse...
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