Fernando Lemos está de novo em Lisboa, ali ao pé do bairro que o viu nascer, Campo de Ourique. A exposição Isto é Isto e Ex-Fotos está na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva que mostra desenho e fotografia. No dia 9 de Outubro, o artista acompanhado dos comissários Filipa Valladares e João Pinharanda esteve à conversa com quem gosta de fotografia.
A partir do dia 17 de Outubro vamos poder assistir ao Ciclo Fernando Lemos na FASVS com filmes e documentários sobre o artista:
15 Outubro, Luz Teimosa, estreia no Doc'Lisboa 2010, às 19h00, na Culturgest.
17 Outubro, 7 e 21 Novembro, domingos, 15h30 Fernando Lemos – atrás da Imagem, de Guilherme Coelho, 2006, 55’
24 Outubro, 14 e 28 Novembro Foto Doc: Fernando Lemos, de Camila Garcia e Renato Suzuki, 2005, 30'. Fernando Lemos e o Surrealismo, de Bruno de Almeida e Pedro Aguilar, 2006, 10’
31 Outubro, 5 Dezembro Conversas com Glícinia, de Jorge Silva Melo, 2004, 55’
Janeiro 2011 (em dias a anunciar) Luz Teimosa, de Luís Alves de Matos, 2010, 75’ (estreia no Doc’Lisboa 2010, 15 Outubro, 19h00, Culturgest)
Artista plástico português, José Fernandes de Lemos nasceu em 1926, em Lisboa. A sua actividade estende-se a áreas como a pintura, desenho, fotografia, gravura, artes gráficas e poesia. Estudou pintura e litografia na Escola de Artes Decorativas António Arroio e, depois, pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. Os seus tempos de adolescência foram passados dentro do meio artístico lisboeta. Aos 18 anos começou a trabalhar como desenhador de publicidade, o que aumentou o convívio com artistas e poetas. Desde cedo, Fernando Lemos definiu-se como "surrealista, pintando, desenhando, escrevendo poesia" e fotografando.Os poucos anos que dedicou à fotografia tiveram a sua origem depois de umas férias (1947) passadas com o pintor Vespeira nas ilhas Berlengas onde realizou uma série de pinturas sobre a água. A noção de a água poder integrar a própria pintura desencadeou nela a ideia da fotografia, partindo da evidência da imagem fotográfica surgir de um elemento líquido. Em 1949 comprou uma Flexaret e começou a fotografar. Nesta altura, já o período surrealista tinha passado e a fotografia que se fazia em Portugal era meramente paisagística. A necessidade inconsciente de liberdade de expressão levou Fernando Lemos a fotografar recorrendo a processos muito utilizados na fotografia surrealista (solarização, sobreposições, impressões em negativo e positivo) construindo uma linguagem de fragmentação da imagem (algo frequente, por exemplo, em Man Ray). Em 1953, em virtude da sua oposição ao regime salazarista, muda se para São Paulo, Brasil, naturalizando-se brasileiro por volta de 1960. Em 1955, ganhou o prémio viagem da Fundação Bienal de São Paulo (3.a Bienal) e viaja pela Europa. Em 1962 recebe uma bolsa de estudos para o Japão, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Na sua actividade como poeta e escritor integrou a redacção do jornal Portugal Democrático, um jornal dedicado aos exilados políticos no Brasil, entre 1955 e 1975. Dedicou se, também, à escrita de poesia e, em 1985, publicou o livro intitulado Cá & Lá, editado pela Imprensa Nacional, Lisboa. Na sua pintura, Fernando Lemos evoluiu de um abstraccionismo geométrico (anos 70) para uma pintura de "rigor" com elementos figurativos onde ressurgem formas orgânicas com um tipo de construção e composição no espaço que se pode comparar ao início da sua obra nos anos 1950. Esta pintura está enraizada na fantasia e no lirismo.Apesar de a sua actividade actual dominante ser a de designer e pintor, foi o seu espólio fotográfico que lhe permitiu ganhar o Prémio Anual de Fotografia, concedido pelo Centro Português de Fotografia, Porto, em 2001.
Fernando Lemos é desenhador, pintor, poeta e fotógrafo. Ou melhor, como costuma dizer o fotógrafo: "Eu sou a fotografia". Quem gosta muito de fotografia foi, no dia 9 de Outubro, à Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, ouvir o artista falar sobre: "A nossa cara.", "O que é a fotografia?", "A alta-definição", " O olho", "A intimidade", "Ler fotografia.". Estivemos lá "para o que der e vier..." Gravei 2 Gigabites de conversa. Entretanto, esgotaram-se os Gigas e a conversa ficou a meio.
Fernando Lemos é desenhador, pintor, poeta e fotógrafo. Ou melhor, como costuma dizer o fotógrafo: "Eu sou a fotografia". Quem gosta muito de fotografia foi, no dia 9 de Outubro, à Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, ouvir o artista falar sobre: "A nossa cara.", "O que é a fotografia?", "A alta-definição", " O olho", "A intimidade", "Ler fotografia.". Estivemos lá "para o que der e vier..." Gravei 2 Gigabites de conversa. Entretanto, esgotaram-se os Gigas e a conversa ficou a meio.
"Estamos aqui para o que der e vier."
"A fotografia de amadores.", "Eu sou a fotografia." Já me perguntaram também se eu era fotógrafo. Respondo: “Não. Eu sou a fotografia”. Em tudo o que vejo, é como se fosse a fotografia a ver essas coisas. Tenho a fotografia na minha cultura visual.
"A fotografia é ensinar a ver"
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"Ler a fotografia"
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"O que é a fotografia?"
"O que é a fotografia?"
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"A velocidade, a precisão, o original, a cóopia e a matriz."
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"A alta definição"
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"Isto é Isto!"
"A alta definição"
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"Isto é Isto!"
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"O gesto, o olho e a intimidade.".
"O retrato e a procura da nossa cara!"
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"O autoretrato de Portugal!"
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